Gestao Publica

Entenda a relação entre capitalismo consciente e gestão pública

Mariana Brito
2018-02-05 09:49:00 Z

Com certeza, o capitalismo consciente e a gestão pública andam de mãos dadas com o futuro do nosso planeta. E o motivo disso é que eles se relacionam a uma nova maneira de enxergar as relações entre os seres humanos.

As principais questões que o século XXI nos traz, como veremos, dependem dessa relação. No fundo, é um tema que abrange outras questões como uma economia sustentável, consumo consciente e muito mais.

Quer saber o que é capitalismo consciente, sua origem, seus pilares e a importância do profissional de gestão pública na sua implementação? Então leia este artigo até o fim!

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O capitalismo consciente

Hoje, a relação entre o primeiro setor (o governo) e o segundo setor (as empresas) costuma ser reduzido a uma troca. Basicamente, empresas geram empregos e pagam impostos para que possam lucrar.

O capitalismo consciente é uma maneira mais abrangente de enxergar essa relação. Ele parte do raciocínio de que é papel das empresas, também, criar diferentes valores para seus acionistas, colaboradores e clientes.

Assim, a ideia é que a relação entre primeiro e terceiro setor deixem de se basear apenas em critérios financeiros e econômicos e passem a incorporar também aspectos psicológicos e emocionais, éticos, educacionais, intelectuais, culturais e até mesmo espirituais.

Dentro dessa nova abordagem estão incluídas, por exemplo, questões como o uso sustentável dos recursos naturais por parte das empresas, a criação de um legado cultural que seja lembrado quando a marca de uma organização é mencionada.

Mas se você acha que tudo isso é apenas uma teoria, está muito enganado. Seus pilares já foram estabelecidos e há quase 20 anos que ele já é um movimento mundial.

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Os fundamentos da teoria

A divisão básica de setores da economia é entre primeiro, segundo e terceiro setores.

Como vimos, o primeiro setor é o Poder Público e o segundo, as empresas. O terceiro setor são ONGs, entidades filantrópicas e outras associações comprometidas a ajudar o primeiro setor a promover o bem-estar social.

Conforme as discussões éticas e, principalmente, ambientais foram sendo aprofundadas nos últimos anos, chegamos à conclusão de que não basta que apenas dois dos três setores se dediquem a essas questões.

É necessário que as empresas também façam isso. E não apenas por boa vontade: os consumidores dessas empresas já exigem que haja um envolvimento delas com causas sociais.

Em outras palavras, as empresas engajadas social, ética e ambientalmente, são mais bem-vistas pelos seus próprios clientes. Veja os pilares das ações dessas empresas:

Sustentabilidade

O futuro do planeta está diretamente relacionado ao uso que fazemos dos seus recursos naturais. A exploração desmedida desses recursos compromete o nosso futuro, gera tensões sociais — como guerras por água e comida — e empurra populações inteiras para a miséria.

É papel das empresas e seus gestores participar ativamente de um capitalismo sustentável e ajudar a implantá-lo no seu dia a dia.

União de esforços

A própria estratégia para solucionar esses problemas, isto é, o planejamento das medidas que vão ser tomadas para contorná-los, depende das empresas. Afinal, muitas delas são especialistas nesse tipo de planejamento.

As organizações não têm apenas papel passivo (de obedecer a ordens do Estado) no capitalismo consciente, mas papel ativo. Elas estão envolvidas nas próprias reflexões sobre o problema.

Os Objetivos do Milênio

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No ano de 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) traçou, junto a 191 países, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Nesse pacto firmado entre quase todas as nações do mundo estão alguns dos pilares do capitalismo consciente. São eles:

  1. Acabar com a fome e a miséria no mundo;
  2. Levar educação básica de qualidade a todos;
  3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia feminina;
  4. Reduzir drasticamente a mortalidade infantil;
  5. Cuidar da saúde das gestantes;
  6. Erradicar a Aids, a malária e outras doenças;
  7. Oferecer qualidade de vida e promover o respeito ao meio ambiente;
  8. Promover parcerias para o desenvolvimento sustentável.

Como você deve ter percebido, ele é muito mais do que uma teoria bonita discutida por um pequeno grupo de pessoas bem-intencionadas.

Ela é um movimento mundial que envolve os três setores da economia, tem objetivos claros e reconhecidos por meio de um pacto mundial promovido pela ONU.

Isso, por si só, já explica a importância da relação entre capitalismo consciente e gestão pública. Mas há vários outros pontos de contato entre essas duas coisas. Vejamos quais são eles.

Capitalismo consciente e gestão pública

Se você é vestibulando e tem se interessado pelo curso de gestão pública, saiba que o capitalismo consciente é um assunto do qual vai ouvir falar muito durante o seu curso.

Afinal, uma das grandes preocupações do gestor público é a Administração Pública e como ela deve criar um produto positivo. Isto é, não se trata de apenas de planejar a utilização dos recursos de forma fria e matemática.

Algo a mais deve ser oferecido e não é raro que ele seja imaterial. Pode ser um propósito nobre, um valor cultural, educativo e social ou um novo tipo de relação entre as pessoas que você vai gerir.

Segundo seus fundamentos, muitas vezes vai caber a você convencer empresas a cooperarem com o Poder Público a favor de um propósito de desenvolvimento da humanidade.

Ou, ainda, manter um diálogo constante com essas empresas para direcioná-las ao desenvolvimento de negócios saudáveis e duradouros. E o seu maior argumento para isso será justamente o benefício que essa forma de agir traz para as próprias empresas.

Como explicamos no início deste texto, não se trata de um tipo de filantropia, mas um posicionamento de marketing da própria empresa diante de seus consumidores.

Concorda que, hoje em dia, todos esperamos uma posição das marcas nas ações que visam ao bem-estar de todo mundo? Esse é o maior sinal de que essa é uma tarefa de todos!

Temos muito mais informações sobre o capitalismo consciente e gestão pública para você. Se quiser ter acesso a elas em primeira mão, basta curtir a nossa página do Facebook. Te avisamos por lá toda vez que novos artigos aparecerem!

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